domingo, 5 de julho de 2009

Brasil à francesa

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No Brasil, o ano de 2009 foi escolhido para homenagear a França. Uma série de atrações artísticas e culturais estão sendo realizadas no mais diversos rincões do território nacional. O objetivo da iniciativa é mostrar aos brasileiros os variados aspectos da França contemporânea e ampliar o intercâmbio entre os dois países.

Aberto em abril passado, em Brasília, o Ano da França quer aprofundar as parcerias franco-brasileiras e consolidar as relações bilaterais nas diferentes áreas. O evento visa resgatar o interesse pela França e apresentar ao Brasil um país que ele ainda não conhece. A imagem que se tem da pátria de Voltaire é a da França dos monumentos, dos cartões postais, do glamour da moda, do romantismo. Hoje, é um país cosmopolita, com forte cultura urbana enriquecida pela presença dos imigrantes.

Influência

Os franceses fazem parte da história do Brasil desde o seu descobrimento. A maior influência foi no campo do pensamento e das artes. Os ideais de “Liberté, Égalité et Fraternité” tiveram eco no Brasil, fazendo de Minas Gerais o Estado da Inconfidência. O movimento revolucionário que se originou na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, difundiu o ideal libertário do Iluminismo no Brasil. A presença francesa mais marcante foi no final do século XIX e início do XX, na chamada “belle époque”. Neste período, os principais centros urbanos do País - a exemplo de Fortaleza - ganharam nova feição nos moldes dos padrões franceses. Na arquitetura, manifestou-se sob a forma do florido e rebuscado estilo art- nouveau. Boa parte desses traços, hoje, ainda são vistos em prédios históricos de cidades como São Paulo, Recife e São Luiz.

No século 20, a França foi importante como contraponto ao americanismo e continuou sendo forte no Brasil até 1970. As manifestações contra a ditadura eram alimentadas pela movimentação francesa de 1968. Os jovens brasileiros liam livros franceses considerados subversivos e se inspiravam nos revolucionários de sua pátria.

Inúmeras palavras francesas foram aportuguesadas e incorporadas à rotina dos brasileiros. Entre elas, reclame, carnê, toalete, massagem, menu e abajur. É fácil perceber a influência da língua de Beaudelaire em nosso idioma, sobretudo na moda e na gastronomia: menu, bufê, crochê, tricô, maiô, casquete, chemisier, colete, corselete, croquis, godê , mantô, paetê. Se na “belle époque”, o chique era o que vinha da França, esses valores tiveram grande influência no comportamento da sociedade contemporânea brasileira.
Fonte:Diariodonordes.com.br

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